Riscos ocupacionais existem em toda e qualquer empresa, sobretudo em ramos de atividade que lidam com situações ou materiais perigosos. As indústrias estão no topo da lista, bem como a construção civil. É impossível extinguir completamente esses riscos, não importa o quanto a empresa se esforce.
Por isso, o treinamento de primeiros socorros é essencial para garantir atendimento imediato e salvar vidas em muitos casos.
O que é o treinamento de primeiros socorros?
O treinamento de primeiros socorros é um curso básico que ensina como prestar o primeiro atendimento em casos de acidentes de variados tipos. Além das práticas famosas de massagem cardíaca e respiração boca a boca, o treinamento inclui também procedimentos como:
- Desengasgar;
- Estancar sangramentos;
- Amenizar queimaduras;
- Desafogar;
- Transportar feridos;
- Cuidar de fraturas ósseas.
Alguns casos precisam de atendimento imediato. Mesmo em empresas que contam com ambulatórios, alguns segundos podem fazer a diferença entre a vida e a morte de uma pessoa que está engasgada, por exemplo. O cenário ideal é que todos os funcionários conheçam os procedimentos.
Entretanto, caso não seja possível, no mínimo um colaborador de cada setor e período da empresa deve ter este treinamento.
E no caso de áreas com riscos elevados?
A importância do treinamento de primeiros socorros é ainda maior em áreas com riscos elevados. Indústrias, construção civil e transporte são alguns exemplos de situações que oferecem alto risco.
Nestes casos, o treinamento deve ser aplicado ao maior número de colaboradores possível. Além disso, deve haver uma reciclagem programada, para refrescar a memória e manter os procedimentos sempre atualizados. Nunca se sabe quando um acidente vai acontecer, e os colaboradores devem estar preparados.
Como deve ser o treinamento de primeiros socorros?
Segundo a NR-7, é obrigação das empresas garantir a capacitação em primeiros socorros aos colaboradores. Assim, o treinamento precisa ser providenciado, seja por meio da contratação de consultorias especializadas ou um técnico em segurança do trabalho.
A empresa deve fazer o levantamento dos potenciais riscos envolvidos em cada uma de suas áreas para garantir que o treinamento esteja de acordo com eles. Por exemplo: se existe risco de explosão, o treinamento deve incluir tratamento para queimaduras.
As práticas devem estar alinhadas com as principais possibilidades de acidentes em cada ambiente.
Faça o treinamento dentro de sua empresa
É importante realizar o treinamento de primeiros socorros dentro da empresa, especificamente dentro de cada área. Assim, os colaboradores aprenderão tudo já dentro do ambiente onde trabalham.
Fica mais fácil encontrar kits de primeiros socorros, rotas de fuga e buscar ajuda médica especializada quando você aprende no local onde os procedimentos serão aplicados, caso necessário. Inclusive, é importante lembrar que, imediatamente após o atendimento de primeiros socorros, a ajuda médica profissional deve ser acionada.
O treinamento também deve incluir o uso correto de kits de primeiros socorros mais específicos, como para imobilização e queimaduras.
Quais as vantagens de ter uma equipe preparada?
A importância do treinamento de primeiros socorros fica clara quando analisamos as vantagens que uma equipe bem preparada traz para a empresa:
- Agilidade para tomar decisões e prestar o primeiro atendimento;
- Conhecimento prévio sobre medidas de urgência, como rotas de fuga, locomoção e postura adequada conforme o perigo presente, entre outras;
- Evitar ações perigosas durante a presença de algum risco, como pegar elevadores em meio a um incêndio.
Ministrar o treinamento de primeiros socorros contribui não apenas para salvar vidas, mas também para manter o ambiente de trabalho mais seguro e resguardar a saúde dos colaboradores. Portanto, essa capacitação deve ser encarada como um investimento, e não um gasto.
Caso ocorra uma situação de risco e a empresa não tenha nenhum colaborador preparado para lidar com a situação, as consequências podem ser graves.
Além de colocar em risco a vida dos colaboradores, a empresa ainda pode ter que arcar com despesas médicas, internação, afastamento de colaboradores, sem contar a reposição do patrimônio físico danificado.